Trabalho Reflexivo
Escola Inclusiva: de onde vimos e para onde vamos?
“Quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável.” Séneca
1. Introdução
A presente trabalho procura lançar um breve olhar
acerca da questão da inclusão escolar. Considerámos pertinente uma revisão
bibliográfica dentro da temática, abordando alguns conceitos relacionados com a
temática, o percurso da escola inclusiva e alguns fatores de sucesso para as
páticas inclusivas na sala de aula.
Diante dos muitos desafios que a proposta
da Educação Inclusiva apresenta, o papel que o professor desempenha nesse
contexto merece especial atenção. Refletir e discutir as suas possibilidades de
ação podem contribuir para minimizar muitas das dificuldades vivenciadas pelo
professor. Desta forma, abordaremos os fatores que favorecem a educação
inclusiva, relativamente às práticas de sala de aula, como forma de orientar a
nossa ação e pensamento como futuros professores da Educação Especial.
A escola inclusiva constrói-se através do reconhecimento das diferenças
dos alunos e procura a participação e evolução de todos, adotando novas
práticas pedagógicas. Para atender a todos, a escola atual tem de mudar. As
mudanças necessárias não dependem só de decretos, mas em grande parte da escola
e do corpo educativo.
Finalizaremos com uma pequena reflexão, a qual constitui a
síntese do nosso trabalho.
2. A Educação inclusiva e Educação Especial
"Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças." Mantoan
De acordo com a Declaração de
Salamanca (1994), o princípio básico da escola inclusiva consiste em todos os
alunos aprenderem juntos, sempre que possível, independentemente das
dificuldades e das diferenças que apresentem. Estas escolas devem compreender e
satisfazer as necessidades diversas dos seus alunos, adaptando-se aos vários
estilos e ritmos de aprendizagem, de modo a garantir um bom nível de educação
para todos, através de currículos adequados, de uma boa organização escolar, de
estratégias pedagógicas, de utilização de recursos e de uma cooperação com as
respetivas comunidades. É preciso, portanto, um conjunto de apoios e de
serviços para satisfazer o conjunto de necessidades especiais dentro da escola.
As crianças e jovens com necessidades
educativas especiais devem ter acesso às escolas regulares, que a elas se devem
adequar através duma pedagogia centrada na criança, capaz de ir ao encontro das
suas necessidades (Declaração de Salamanca, 1994).
As escolas regulares, seguindo esta orientação
inclusiva, constituem os meios mais capazes para combater as atitudes
discriminatórias, criando comunidades abertas e solidárias, construindo uma
sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos (Declaração de Salamanca,
1994).
Na opinião de Marques (2000, in
Ribeiro, 2008), a Escola Inclusiva é um conceito “que designa um programa
educativo escolar em que o planeamento é realizado tendo em consideração o
sucesso de todas as crianças, independentemente dos seus estilos cognitivos,
dificuldades de aprendizagem, etnia ou classe social”. É necessário instituir
uma metodologia cooperativa, isto é, aceitar as diferenças (tomá-las como sendo
vantagens) e responder às necessidades individuais.
Segundo Stubbs (2008) a educação
inclusiva significa uma resposta à diversidade em todas as suas formas e cria
um sistema educativo que se adapte a todos. No entanto, a educação inclusiva
tem sido, e ainda é, bastante associada à inclusão de pessoas com deficiência,
e ao conceito de necessidades educativas especiais. De facto, é difícil falar
em Inclusão sem referir a Educação Especial. Como
refere Correia (2008, in Ribeiro, 2008):
“ A educação especial e a inclusão constituem-se (…) como duas faces da
mesma moeda, ambas caminhando lado a lado para não só assegurar os direitos
fundamentais dos alunos com NEE, mas também para lhes facilitar as
aprendizagens que um dia os conduzirão a uma inserção social, harmoniosa,
produtiva e independente.”
Onofre (2004) considera que a educação de crianças com necessidades específicas
não é especial. De acordo com o autor “especiais são todas as crianças pelas
características próprias de cada uma”.
Neste sentido, também Costa, Leitão,
Morgado e Pinto (2006) consideram que a escola inclusiva aponta existência de
um único sistema educativo e não para uma dualidade de sistemas, regular e
especial.
3. Educação Especial e Escola Inclusiva- de onde vimos?
A Inclusão tal como a conhecemos hoje teve as suas origens
na Educação Especial. O desenvolvimento no âmbito da Educação Especial envolveu
uma série de etapas durante as quais os sistemas educativos experimentaram
diferentes formas de dar resposta às crianças portadoras de deficiência e aos
alunos com dificuldades de aprendizagem (UNESCO, 2005).
Bautista (1997, in Martins, 2005)
destaca sucintamente três fases importantes na história da Educação Especial.
Uma primeira, que se pode considerar a pré – história da Educação Especial,
essencialmente asilar. A segunda, de forte cariz assistencial, aliada a algumas
preocupações educativas, defende que a educação deverá decorrer em ambientes
segregados. Finalmente a terceira, localizada na década de 70, apresenta uma
nova abordagem de conceito e de prática da Educação Especial, caracterizada
pela preocupação com a integração dos deficientes. A integração escolar veio
derrubar a prática de exclusão social a que foram submetidas as pessoas
deficientes por vários séculos.
De acordo com o mesmo autor, esta
ideia da educação integrada caracterizava-se por escolas comuns que aceitavam
crianças ou adolescentes nas classes comuns ou, pelo menos em ambientes o menos
restritivos possível, só que considerava integradas apenas as crianças com
deficiência que conseguissem adaptar-se à classe como esta se apresentava,
portanto sem modificações no sistema. Assim, a educação integrada ou
integradora exigia a adaptação dos alunos ao sistema escolar, mantendo
excluídos aqueles que não conseguiam adaptar-se ou acompanhar os restantes
alunos.
Entretanto, esta proposta de
integração evoluiu para uma conceção de inclusão escolar e, em 1994, Portugal
assina a Declaração de Salamanca, comprometendo-se a promover a escola
inclusiva. De acordo com este documento, a escola deve ser encarada como um
espaço inclusivo e a sua ação deve ser orientada a uma escola para todos,
independentemente das dificuldades e diferenças que apresentem. Assim, embora a
inclusão escolar tenha tido as suas origens no centro das pessoas com
deficiências, nos dias de hoje deve contemplar todas as crianças. A perspetiva
centrada no aluno com NEE alarga-se a todos os alunos (Martins, 2005).
4. A escola, o professor e a inclusão
Segundo Rodrigues (2006, in IRIS
Project, 2006), apesar do conceito de inclusão se ter difundido rapidamente
como um princípio organizador fundamental do sistema educacional de muitos
países, na maioria dos países da Europa continua a existir uma contradição
entre legislação e prática nas escolas ou salas de aula. Tanto a legislação
como o discurso dos professores se tornaram rapidamente “inclusivos”, mas as
práticas nas escolas nem sempre são consistentes com esses discursos.
A
escola atual encontra-se perante o desafio de responder com efetividade às
Necessidades Educativas Especiais de uma população escolar cada vez mais
heterogénea e de construir uma escola Inclusiva, onde se adote uma modelo de
atendimento adequado a cada um.
Não nos podemos esquecer que numa
educação que se quer para todos a escola deve estar preparada para atender às
necessidades de uma população muito heterogénea, que pode incluir crianças com
deficiência ou sobredotados, crianças que trabalham ou crianças de rua,
crianças provenientes de minorias étnicas, linguísticas ou culturais, de grupos
desfavorecidos, entre outros (Declaração de Salamanca, 1994).
Neste contexto, consideramos o professor
um elemento chave de todo o processo, sobre o qual recaem responsabilidades
acrescidas na concretização da filosofia inclusiva.
Um dos grandes obstáculos ao
processo inclusivo está relacionado com a formação de todos os professores para
lidarem com a diferença na sala de aula e na escola (Costa et. al., 2006).
A análise do sistema educativo
português no que respeita à formação de professores numa perspetiva de educação
inclusiva evidencia alguns aspetos que cremos suscetíveis de reflexão, dos
quais evidenciamos a formação dos
docentes de ensino regular. Verifica-se, de facto, uma falta generalizada de formação dos professores
sobre
a educação de alunos com necessidades educativas especiais, o que condiciona
negativamente o funcionamento das escolas e as atividades das salas de aula (Costa et
al., 2006).
Para além disso, a
inclusão depende largamente da atitude dos professores face aos alunos com necessidades
especiais, das suas perceções sobre as diferenças na sala de aula e da sua
vontade de lidar, eficazmente, com essas diferenças. Se os professores não
aceitarem a educação de todos os alunos como parte integrante do seu trabalho,
tentarão que alguém (muitas vezes o professor especialista) assuma a
responsabilidade pelos alunos com NEE e organize uma
segregação disfarçada (Agência Europeia para o Desenvolvimento em Necessidades Educativas
Especiais, 2003).
É verdade que, em Portugal, a maior
parte dos alunos com NEE está na escola regular e faz parte de uma turma, mas
será que eles fazem as aprendizagens sociais e académicas que são capazes de
fazer? Apesar da visibilidade crescente dos sucessos das pessoas em situação de
deficiência, continua-se a acreditar que eles não poderão ir muito longe que
estão na escola para passar o tempo (Sanches & Teodoro, 2007).
A
educação inclusiva não significa educação com representações e baixas
expectativas em relação aos alunos, mas sim a compreensão do papel importante
das situações estimulantes, com graus de dificuldade e de complexidade que
confrontem os professores e os alunos com aprendizagens significativas,
autênticos desafios à criatividade e à rutura das ideias feitas (Sanches &
Teodoro, 2007).
As estratégias
educativas utilizadas baseiam-se, em grande medida, na exposição por parte do
professor e na aprendizagem passiva por parte dos alunos, não se propiciando a
criatividade, experimentação, aprendizagem cooperativa e participação em
práticas escolares que constituam modelos inclusivos de qualidade (Costa et
al., 2006).
Criar uma sala de aula inclusiva é um
desafio. Os professores devem criar ambientes de aprendizagem que valorizem a
criatividade, o potencial individual, as interações sociais, o trabalho
cooperativo, a experimentação e a inovação (IRIS Project, 2006).
5. Caminhando em direção à inclusão
"Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma nova história”. Gandhi
Qualquer escola que deseje seguir
uma política de Educação Inclusiva terá de desenvolver políticas, práticas e
culturas que respeitem a diferença e a contribuição ativa de cada aluno para a
construção de um conhecimento partilhado. Procura por esse meio alcançar, sem
discriminação, a qualidade académica e contexto sociocultural de todos os
alunos (IRIS Project, 2006).
Segundo Ainscow (2000, in Sanches & Teodoro, 2007), para que as
escolas se tornem mais inclusivas, é necessário que assumam e valorizem os seus
conhecimentos e as suas práticas, que considerem a diferença um desafio e uma
oportunidade para a criação de novas situações de aprendizagem, que sejam capazes
de inventariar o que está a impedir a participação de todos, que se
disponibilizem para utilizar os recursos disponíveis e para gerar outros, que
utilizem uma linguagem acessível a todos e que tenham a coragem de correr
riscos.
Com base no Relatório da Agência Europeia
para o Desenvolvimento das Necessidades Educativas Especiais (2003), as
condições abaixo identificadas parecem desempenhar um papel central nas
práticas inclusivas de sala de aula:
• A inclusão
depende das atitudes dos professores face aos alunos com necessidades
especiais, da sua capacidade para melhorar as relações sociais, das suas formas
de percecionar as diferenças na sala de aula e da sua capacidade para gerir
eficazmente essas diferenças.
• Para responder
eficazmente a esta diversidade no seio das salas de aula, os professores
precisam de dispor de um conjunto de competências, de conhecimentos, de
abordagens pedagógicas, de métodos, de materiais e de tempo.
• Os professores
têm necessidade de apoio tanto dentro como do fora da escola. A liderança do
diretor da escola, do diretor distrital, das comunidades e dos governos é
crucial. A cooperação regional entre serviços e pais constitui um pré-requisito
para uma efetiva inclusão.
• Os governos
devem expressar, claramente, o seu ponto de vista sobre a inclusão e facultar
condições adequadas que permitam uma utilização flexível dos recursos.
5.1. Fatores de sucesso para práticas
educativas inclusivas na sala de aula
A Agência
Europeia para o Desenvolvimento em Necessidades Educativas Especiais (2003),
depois de uma investigação, tendo por base estudos de caso realizados em quinze
países e da visita de peritos a tantos outros, apresenta exemplos de
estratégias que podem ser postas em prática para construir classes mais
inclusivas: Ensino Cooperativo, Aprendizagem Cooperativa, Resolução
Cooperativa de Problemas, Grupos Heterogéneos e Ensino Efetivo.
·
Ensino cooperativo
Para lidar com a diferença na sala
de aula, o professor necessita da ajuda ou apoio de outros colegas (incluindo
de professores especializados) ou de outros profissionais. Por vezes, um aluno
com NEE necessita de um apoio ou ensino específico que não pode ser prestado
pelo professor, no quotidiano da sala de aula. É nesta situação que outros
professores e pessoal de apoio entram “em cena” e o desafio é o da
flexibilidade, o do planeamento das atividades, o da cooperação e o do ensino
cooperativo (Agência Europeia para o Desenvolvimento em Necessidades Educativas
Especiais, 2003).
·
Aprendizagem cooperativa
A “tutoria a
pares” ou a “aprendizagem cooperativa” são eficazes para a aprendizagem e
desenvolvimento dos alunos tanto no plano cognitivo como no plano afetivo
(sócio emocional). Os alunos que se ajudam uns aos outros, especialmente num
sistema flexível quanto à organização dos grupos, beneficiam com esta
aprendizagem em comum (IRIS Project, 2006).
·
Resolução cooperativa de problemas
Esta estratégia é particularmente relevante em termos de
problemas comportamentais. Clarificar as regras de sala de aula e o estabelecer
limites determinados com o acordo de todos os alunos têm provado ser efetivas.
Os professores devem desenvolver capacidades relacionais que lhes permitem
negociar e criar condições para a definição participativa de regras com que
todos concordem (IRIS Project, 2006).
·
Grupos heterogéneos
A formação de
grupos heterogéneos e uma abordagem diferenciada são necessárias e eficazes
para a gestão da diversidade na sala de aula. Os objetivos a atingir, as
diferentes formas de aprendizagem, o ensino flexível e a constituição de
pequenos grupos incrementam a educação inclusiva (IRIS Project, 2006).
·
Ensino efetivo
Finalmente, as estratégias acima mencionadas devem ter lugar no quadro de
uma abordagem global escola/ensino eficaz, na qual a educação é baseada na
avaliação, nas altas expectativas, no ensino direto e no feedback. Todos os
alunos e, consequentemente, também aqueles que apresentam NEE, fazem progressos
se o seu trabalho for sistematicamente planeado, controlado e avaliado. O
currículo pode ser adaptado às necessidades individuais e pode ser
adequadamente, introduzido um apoio adicional através do Programa Educativo
Individual (PEI). Este PEI deve ser elaborado tendo por base o currículo comum
(IRIS Project, 2006).
6. Algumas Conclusões
A escola atual encontra-se perante o
desafio de responder com efetividade às Necessidades Educativas Especiais de
uma população escolar cada vez mais heterogénea e de construir uma Escola
Inclusiva, onde se adote uma modelo de atendimento adequado a cada um.
Sabemos que, apesar dos esforços feitos no sentido da inclusão esta não
ganhou uma unanimidade no sistema educativo atual e que existem inúmeras
barreiras que impedem que o processo inclusivo se torne uma realidade. A falta
de formação do professor ou mesmo a inexistência dela é um obstáculo a uma
escola que se pretende inclusiva.
Ao aprofundar este tema observamos que o professor é um elemento chave de
todo o processo, sobre o qual recaem responsabilidades acrescidas na
concretização da filosofia inclusiva. A educação inclusiva depende sobretudo do
trabalho que o professor faz na sala de aula. Obviamente que este trabalho
depende da sua formação, atitude, conhecimento, competência e capacidades para
inovar e criar contextos para um ensino que vá de encontro às necessidades e
potenciais dos seus alunos.
Observámos
também que, no nosso país, pouco tem sido feito no sentido de proporcionar
formação aos professores, tendo em conta o objectivo de tornar a educação mais
inclusiva. Em termos de formação inicial é muitas vezes pouco desenvolvida e
relativamente à formação contínua, as ofertas proporcionadas são escassas, além
de que desajustadas às realidades vividas pelo professor em determinado
momento.
Assim,
numerosas investigações mostram que os professores de educação regular não
estão preparados para ensinar crianças com dificuldades. Parece-nos um pouco contraditório que, tendo em conta
que a política de inclusão de alunos com Necessidades Educativas Especiais em
turmas regulares está devidamente legitimada no nosso sistema educativo, os
professores do ensino regular, na sua maioria, não possuam conhecimentos das
múltiplas especificidades que as crianças e jovens podem apresentar, bem como
do melhor modo de lidar com elas, tendo em vista o seu bem-estar, o sucesso
académico e a possibilidade de integração na vida ativa.
Tendo em conta que grande
parte dos professores do ensino regular não está preparada para trabalhar com
crianças com NEE o professor de educação especial deve trabalhar em equipa com
o professor do ensino regular, respondendo às suas dúvidas, fazendo sugestões e
mostrando modos de procedimento, assegurando assim aprendizagens estimulantes,
não apenas para as crianças com NEE, mas para toda a turma no seu conjunto. A
cooperação e partilha de experiências e saberes entre professores é o caminho
para encontrar soluções e respostas educativas adequadas, o chamado trabalho
cooperativo. Para além do trabalho cooperativo, o professor poderá também
recorrer a estratégias tais como a aprendizagem cooperativa, resolução cooperativa
de problemas, grupos heterogéneos e ensino efetivo como facilitadores do
processo inclusivo.
De uma forma geral podemos concluir
que ainda temos muito que progredir no contexto da inclusão porque, entre outros aspectos, ainda muito
tem que ser feito relativamente à formação dos profissionais da educação para
que a inclusão se torne uma realidade.
Damos por terminado este trabalho com um
pensamento de Maxwell Maltz :
“A vida está cheia de desafios que, se aproveitados de forma criativa, transformam-se em oportunidades.”
7. Referências Bibliográficas
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Síntese Março 2003 disponível em http://pt.scribd.com/doc/71329861/Educacao-Inclusiva-e-Praticas-de-Sala-de-Aula-Relatorio-Sintese-Marco-2003#download
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Leitão, F., Morgado, J. & Pinto, J. (2006). Promoção da Educação Inclusiva
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http://redeinclusao.web.ua.pt/files/fl_45.pdf promoçao educaçao inclusiva
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Salamanca e Enquadramento da Acção na área das Necessidades Educativas
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(2008). Educação Inclusiva na Escola Básica Pública Portuguesa. Perspetivas e
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Disponível em http://redeinclusao.web.ua.pt/files/fl_43.pdf unesco 2005
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